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sábado, 18 de dezembro de 2010

POEMAS & POESIAS CITANDO O ATLÉTICO e o CRUZEIRO

         C R U Z E I R O        


Dirceu Lopes e Tostão

O time do Cruzeiro deu alegria ao carioca em férias: Maracanã fechado, ficamos todos em casa vendo o maravilhoso futebol do tricampeão mineiro. Como é fluente, como é cristalino o estilo do Cruzeiro, a equipe segundo a observação de Paulo Mendes Campos, mais equilibrada emocionalmente "neste Pais de psicologia tão tumultuada".

Perfeito, poeta: o time do Cruzeiro, que reflete a espontaneidade de Tostão e Dirceu Lopes, é impertubável na sua determinação de jogar futebol: não faz cera, não da, nem troca pontapés e sabe exibir sua superioridade sem esnobações, sem olés debochativos.

como não sou egoísta - pelo menos em materia de futebol - estou certo de que os mineiros do Cruzeiro, do Mineirão ou da Academia Mineira de Letras estão documentados em filmes da carreira brilhante e histórica do time do Cruzeiro.

Façam isso, sim, senão, amanha ou depois, a gente vai contar a quem não pode ver e é capaz de passar por mentiroso.

(Armando Nogueira), Bola na rede, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro 1973. 
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COMENTARIOS NO DIA SEGUINTE A VITÓRIA DO CRUZEIRO NA FINAL SOBRE O TODO PODEROSO SANTOS DE PELÉ ,BI CAMPEÃO MUNDIAL , NA TAÇA BRASIL DE 1966
 
 “O campo enlameado do Pacaembu consagrou, ontem à noite, o grande campeão do Brasil, o Cruzeiro de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, e Raul, isto para citar apenas quatro jogadores de uma das melhores equipes que o futebol brasileiro já viu nascer e crescer.”
(Armando Nogueira) Jornal do Brasil, 08 dez 66
 
“Depois da vergonha e da frustração da Copa do Mundo, nenhum acontecimento teve a importância e a transcendência da vitória de anteontem. Por outro lado, não foi só a beleza da partida, ou seu dramatismo incomparável. É preciso destacar o nobre feito épico que torna inesquecível o feito do Cruzeiro. Não tenhamos medo de fazer a sóbria justiça: aí está, repito, o maior time do mundo.”
(Nelson Rodrigues) Jornal dos Sports, 09 dez 66
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"Tudo é efemero nessa nossa vida, como os mandatos populares e os cargos que eventualmente ocupamos e que demandam alta responsabilidade publica. Já minha paixão pelo Cruzeiro, vestida de azul, essa é eterna. Como deve ser eterna a paixão de cada um"

(Aécio Neves
)
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Cruzeiro você foi
Campeão do Brasil,
honrando a sua cor
azul de anil.

Vencendo o Santos de Pelé,
mostrou que é bom
e deu olé.

Eh Cruzeiro,você
traz alegria,
mostrando á massa
a sua academia.

Raul na meta,
Procopio e Neco,
William,Pedro Paulo,
Piazza e Natal.

Tem Dirceu Lopes,
o Furacão,
e o grande artilheiro
Tostão.

Evaldo ,que não
é de brincadeira
e la na ponta
corre o Hilton de Oliveira



          A T L É T I C O




Ah, o que é ser atleticano? É uma doença? Doidivana paixão? Bênção dos céus? É a sorte grande?
O primeiro e único mandamento do atleticano é ser fiel e amar o Galo.
Daí, que a bandeira atleticana cheira a tudo neste mundo.
Cheira a mulher amada.
Cheira a lágrimas.
Cheira a grito de gol.
Cheira a dor.
Cheira a festa e a alegria.
Cheira até mesmo perfume francês.
Só não cheira a naftalina, pois nunca conhece o fundo do baú, tremula ao vento.
A gente muda de tudo na vida. Muda de cidade. Muda de roupa. Muda de partido político. Muda de costumes. Até de amor a gente muda.
A gente só não muda de time, quando tem as iniciais CAM, do Clube Atlético Mineiro, gravadas no coração.
É um amor cego e tem a cegueira da paixão.
Já vi o atleticano agir diante do clube amado com o desespero e a fúria dos apaixonados.
Já vi atleticano rasgar a carteira de sócio do clube e jurar:
- Nunca mais torço pelo Galo!
Já vi atleticano falar assim, mas, logo em seguida, eu o vi catar os pedaços da carteira rasgada e colar, como os amantes fazer com o retrato da amada.
Que mistério tem o Atlético que, às vezes, parece que ele é gente?
Que a gente associa às pessoas da família (pai, mãe, irmão, tio, prima)?
Que a gente o confunde com a alegria que vem da mulher amada?
Que mistério tem o Atlético que a gente confunde com uma religião?
Que a gente sente vontade de rezar “Ave Atlético, cheio de graça?”
Que mistério tem o Atlético que, à simples presença de sua camisa branca e preta, um milagre se opera?
Que tudo se transfigura num mar branco e preto?
Ser atleticano é um querer bem. É uma ideologia. Não me perguntem se eu sou de esquerda ou de direita. Acima de tudo, sou atleticano e, nesse amor, pertenço ao maior partido político que existe: o Partido do Clube Atlético Mineiro, o PCAM, onde cabem homens, mulheres, jovens, crianças.
Diante do Atlético todos são iguais: o bancário pode tanto quanto o banqueiro, o operário vale tanto quanto o industrial. Toda manhã, quando acordo, eu oro: obrigado, Senhor, por me ter dado a sorte de torcer pelo Atlético."
(Roberto Drummond)

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“Se houver uma camisa branca e preta pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento."
(Roberto Drummond)
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"Brasil, capital Brasília. Minas Gerais, capital Atlético Mineiro."
(Armando Nogueira)
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Amor ao Alvinegro

"Eu me identifiquei muito nos clubes onde passei. Mas o Atlético Mineiro foi especial. Se tiver que definir o Atlético, vou ficar perdido, é a pergunta mais difícil para mim. O Glorioso não é uma paixão, é uma religião, o atleticano é doente.
Se dissessem para escolher, entre o Brasil ser pentacampeão do mundo ou o Atlético ser campeão de qualquer campeonato, eu prefiro que o Galo ganhe. Quando o Brasil joga e perde eu nem ligo, mas quando o Atle´tico perde eu não tenho vontade nem de comer.
Sou um vencedor no Atlético, se o clube participar de um campeonato de cuspe à distância, eu venceria. Com o uniforme preto e branco eu ganho qualquer campeonato. Na mesma proporção em que o povo mineiro me odiou, ele me amou. No Atlético, eu fui pai pela primeira vez, fui tricampeão do mundo e campeão brasileiro. Minhas maiores glórias na vida, conquistei com a camisa do Galo.
Dizem os intelectuais que o ódio e o amor se misturam, que eles vivem lado a lado, eu acredito que seja verdade, porque eu fui o homem mais odiado no Atlético, em compansação fui o mais amado.
Eu sou prova viva do amor e do ódio. Me lembro que o Atlético estava reformando o cmapo e nos trienos a torcida jogava pedra em mim. Me vaiaram e me mandaram embora. Depois tudo mudou. E olha que joguei pouco no Atlético, nos dois campeonatos nacionais que disputei fui campeão em um e artilheiro nos dois.
Eu me considero mineiro por devoção e por adoção. Todos os meus filhos são mineiros. (...)Fiz questão que todos fossem, porque eu me considero um também."
(Dadá Maravilha)
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"Ser Atleticano"...
O Atleticano é diferente de qualquer outro torcedor
É diferente, pois não se restringe a ser
Somente torcedor
Ser Atleticano é como casamento
Na saúde e na doença
Nas alegrias e nas tristezas
Mesmo quando a doença parece não ir
E as Tristezas teimam em permanecer
O Atleticano é capaz de
Após uma derrota humilhante
Pegar a camisa no armário
E sair às ruas
Mesmo sendo alvo de piadas
Isso por que o Atleticano não torce por um time
Torce por uma nação
E tal qual em uma guerra
Um cidadão não renega um país
Mesmo que a derrota seja grande
O Atleticano apóia seu time na derrota
Pois os obstáculos engrandecem
Seu sentimento de nacionalismo
E que me perdoem os que têm apenas títulos
Claro que são importantes
Mas o Atleticano tem algo que os outros nunca terão
Tem paixão

Tem o Clube Atlético Mineiro."
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